Selins “comuns” e os Gelu.
Por uma questão económica e pela facilidade de produção, a estrutura dos selins modernos foi concebida em plástico e aço, e estão a ser usados por maioria das marcas uma vez que estes materiais baratos, permitem uma produção massiva a um baixo custo. No entanto, o plástico é muito maleável e não suporta o peso do ciclista sem se deformar e então a solução encontrada foi em afastar as pontas dos carris na parte traseira de forma a coincidirem com as pontas dos ossos da bacia, os ísquios, e nestes selins esta é a única zona não flexível. Todo a restante parte superior é flexível e normalmente é revestida com esponja e napa e funcionam de acordo com a “lógica da almofada”, onde é suposto as “pontas” de os ísquios serem acomodadas nesta mesma esponja, e a escolha do selim certo está diretamente relacionada com a distância entre estes dois pontos. Esta parte superior na maioria dos casos é plana e não tem qualquer forma ergonômica pois é suposto “afundarem” com o peso do ciclista e moldarem-se aos seus ossos da bacia.
Um dos grandes problemas destes selins é que depois de algumas dezenas de quilômetros, a esponja fica espalmada na única zona não flexível do selim fazendo como que as pontas dos ísquios encostam a base de plástico, passando literalmente a suportar grande parte do peso do ciclista em cerca de 3 mm de cada lado. A restante estrutura óssea simplesmente nunca vai encontrar o apoio necessário pois o plástico, com a pressão, estará em constante deformação.
Um outro grande problema dos selins comuns com pouca ou nenhuma abertura na parte frontal, é a pressão na zona pedonal (prostática) e este é um dos problemas que enfrentam os ciclistas, sobretudo homens, sendo o causador de vários problemas do forro urológico. Este é o resultado da pressão constante sobre a veia pedonal, que passa naquela zona a 15mm de cada lado do eixo do corpo. Mesmo ao lado desta veia passa o nervo que têm o mesmo nome e que ao ser pressionado, normalmente responde de imediato, provocando pernas dormentes ou dores lombares facilmente confundíveis com a dor ciática.
Então qual é a logica dos nossos selins e o que os torna diferentes?
Os nossos selins são o resultado de muitos anos de pesquisa, testes e recolha de feedback a vários ciclistas que simplesmente nunca se conseguiram adaptar a qualquer tipo de selim “normal”, e juntamente com as valiosas indicações do nosso medico ortopedista, chegamos a conclusão de que a grande razão do desconforto nestes selins, está no facto da parte superior ser flexível entre os apoios dianteiros e traseiros dos carris.
Por isso arriscamos em desafiar a logica e desenvolvemos um novo conceito de selim, o que nos torna únicos.
Para a manufatura, escolhemos um carbono pré-impregnado da última geração, por este material, que habitualmente é utilizado na indústria aeroespacial, possuir características únicas como uma excelente rigidez, uma grande capacidade de absorção de vibrações e um peso muito reduzido.
A configuração é diferente do habitual, pois implica o encaixe do selim no interior dos ossos da bacia acompanhando a sua inclinação em cerca de 3 a 4 cm de cada lado, deixando no mesmo tempo as pontas dos ísquios sem qualquer pressão. Para conseguirmos isto tivemos que desenhar as abas laterais dos nossos selins com a mesma curvatura que a estrutura óssea da bacia e neste ponto foi crucial a intervenção do nossos medico ortopedista (todos os nossos modelos estão ortopedicamente certificados).
Até ao momento já concebemos seis modelos diferentes todos com a capacidade de flexão lateral em cerca de cinco graus, e desde o G (o mais inclinado) até ao K (o mais plano) conseguimos abranger praticamente todo os tipos de configuração óssea da bacia (angulo e/ou curvatura).
Os nossos carris também são diferentes, e na zona da colagem traseira são paralelos. Este é um pormenor chave pois possibilita uma ligeira flexão nas abas laterais da parte superior que assim consegue acompanhar e também compensar os ângulos da estrutura óssea assim como qualquer tipo de assimetria da mesma.
Uma outra característica que diferencia os nossos selins, é a abertura generosa na zona pedonal, e com mais de 30mm entre as arestas superiores do canal central, todos os nossos modelos eliminam por completo qualquer tipo de pressão, e este pormenor e muito importante pois evita ou ajuda a resolver, vários problemas de foro urológico ou físico.
A nossa prioridade sempre foi o conforto e por isso apostamos no desenvolvimento de algo completamente inovador, usando materiais de topo, o que nos permitiu também muito boas performances a nível do peso e da qualidade dos nossos selins. O peso reduzido num selim tem influência direta na performance de uma bicicleta sobretudo quando se pedala em pé, a sprintar ou a subir, pois elimina quase por completo o efeito de pendulo e ajuda a baixar o centro da gravidade tornando-a muito mais estável sobretudo com o piso molhado.
Por fim, orgulhamo-nos hoje em dizer, que graças ao trabalho de uma equipa de excelentes profissionais, conseguimos criar algo inédito e mundialmente reconhecido: uns dos selins mais confortáveis e no mesmo tempo os mais leves do mundo!